O que é realmente ser filho de corrente?
- Mãe Sandra de Oyá
- 26 de mai. de 2015
- 2 min de leitura

Ser um filho de corrente é quando o médium comporta um conjunto de forças magnéticas de pensamentos e objetivos semelhantes que se reúnem e vibram em comum a todos que estão na corrente do terreiro. Esses médiuns são como os elos de uma corrente de metal, que se interligam e complementam. Na corrente mediúnica do terreiro é criado um contato entre as auras, unem-se os fluídos, harmonizam-se as vibrações individuais e esses elos ligam-se e formam uma estrutura espiritual da qual cada pessoa é uma parte viva, vibrante e operante. Para que uma corrente mediúnica seja coesa e tenha uma boa vibração, os médiuns deverão ter o mesmo pensamento ou sentimento, caso contrário, o elo se quebra, o trabalho espiritual não desenvolve e surge a “carga negativa”. No terreiro, existem duas correntes: A corrente mediúnica e a corrente espiritual, e elas tem que trabalhar em o máximo de harmonia possível, buscando os mesmos objetivos para que o terreiro se desenvolva. A corrente que se estabelece num ritual no plano material, corresponde uma outra formada pelas entidades, e, dessa união, é gerada uma forte corrente espiritual, de onde todos podem beneficiar-se. A participação de um médium numa corrente deverá começar pelo banho de ervas e uma limpeza mental, preparada de bons sentimentos, elevando o pensamento para um plano superior de espiritualidade. A formação de uma boa corrente magnética é a condição mais importante para a realização de todo e qualquer trabalho espiritual. Agora, preste atenção: A missão de ser médium é árdua e espinhosa, é difícil e é um caminho das forças positivas que haverá sempre espíritos negativos para querer quebrá-la. Muitas vezes, essas forças negativas, pode estar naquele médium que cria intriga entre outros médiuns dentro do próprio terreiro sendo usado pelo astral negativo, com o único propósito de quebrar a corrente. Não esqueçam que os médiuns são aqueles espíritos que receberam antes da presente encarnação, determinados ajustes no organismo astral e, nas suas concepções morais, que possibilitem ceder a sua constituição física à comunicação mediúnica, trabalhando em prol da caridade e da evolução própria e dos seus semelhantes. Este é um compromisso firmado entre este ser e os espíritos da Confraria Cósmica da Umbanda, antes do nascimento e que deve florescer de maneira natural ao longo da encarnação do indivíduo. A vida não nos pede sacrifícios, nem esforços que não sejam compatíveis com as nossas forças. Compete a todos os médiuns lutarem para melhorar. O desejo de muitos para ser médium é ardente, no entanto, passar pelos caminhos que devem ser trilhados por um instrumento sensível ao bem, poucos suportam. HÁ MUITAS FLORES NA ROSEIRA, MAS OS ESPINHOS SÃO INCONTÁVEIS. Esse texto veio pelo espírito Pai João de Angola, do qual eu fiz algumas considerações decorrentes das minhas experiências, ainda recentes, mas reais, como mãe de santo, e ofereço a todos os médiuns da corrente do terreiro que dirijo, o TUVOCA (Terreiro de Umbanda Vovó Catarina de Angola-Filhos do Terreiro Pai Maneco de Curitiba), e, se de alguma forma, o texto servir para outros filhos de correntes, de outros terreiros, que assim seja.
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